terça-feira, 4 de março de 2008


SEBAR - Seletiva Estadual de Basquete de Rua

Abertas as inscrições para a SEBAR 2008!A Seletiva Estadual de Basquete de Rua (SEBAR) rola em diversos Estados brasileiros e agora está em Salvador colocando em jogo o título estadual de campeão das ruas. O time vencedor competirá no maior evento de Basquete de Rua do país, no Rio de Janeiro, A conhecida LIBBRA, Liga Brasileira de Basquete de Rua. Então, é hora de correr pro aquecimento, pois o asfalto vai começar a tremer já, já.Basqueteiros, basqueteiras. Não percam tempo! Façam suas inscrições para jogar enviando um e_mail para thalita.salvador.bahia@cufa.org.
É das ruas? Quer jogar? Fique de olho na SEBAR!!

segunda-feira, 3 de março de 2008

Lançamento do Livro: Falcão Mulheres e o Tráfico, de MV Bill e Celso Athayde em Salvador



No último dia 21, Celso Athayde e MV Bill lançaram na Assembléia Legislativa de Salvador o livro: Falcão Mulheres e o Tráfico.


O evento foi um sucesso. Após uma rápida entrevista coletiva, MV Bill iniciou uma palestra sobre a questão da violência na periferia, a discriminação racial e o papel do Estado no combate às desigualdades.

O lançamento baiano de Falcão – Mulheres e o tráfico foi articulado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) e a Central Única das Favelas (Cufa), com apoio do Projeto Jovens Baianos, da ONG Ação pela Cidadania e da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa da Bahia.

No dia 22, o cenário do lançamento foi completamente diferente: o Conjunto Penal Feminino de Salvador. Além de MV Bill e Celso Athayde, os autores, estiveram presentes diversas autoridades, como a secretária de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), Marília Muricy, e o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, o deputado estadual Yulo Oiticica.

Além de debate com as detentas, Celso e MV Bill exibiram um vídeo inédito de vinte e dois minutos com imagens do documentário homônimo do livro. Sendo o universo das mulheres em conflito com a lei bastante amplo e controverso, um novo projeto se alavanca dentro deste lançamento oficial. Nesta mesma ocasião a rapper Nega Gizza gravou imagens e depoimentos destas mulheres para o documentário "Brasileiras" que será totalmente filmado em penitenciárias femininas. Mais que promover o livro, este lançamento oficial busca chamar atenção para a questão da mulher marginalizada, para suas histórias e para a importância destas para a construção de uma nova realidade social. Não procura, assim como em Falcão- Meninos do Tráfico, apresentar soluções, mas propor uma nova discussão.

CUFA - Central única das Favelas

A Central Única das Favelas é uma organização nacional que surgiu através de reuniões de jovens de várias favelas do Rio de Janeiro – geralmente negros – que buscavam espaço na cidade para expressar de todas as formas suas atitudes, questionamentos ou simplesmente sua vontade de viver. A partir destas reuniões, descobriram que juntos poderiam sonhar mais e assim se organizaram em torno de um ideal: transformar as favelas, seus talentos e potenciais diante de uma sociedade onde os preconceitos de cor, de classe social e de origem ainda não foram superados.
Sua forma de expressão é o Hip Hop, mas um dos objetivos é ampliar e atingir outras formas de expressões, difundindo por meio de uma linguagem própria a conscientização das camadas não privilegiadas, elevando sua auto-estima.
Seu papel é o de organizar, incentivar e legitimar o discurso das comunidades.
Desde 1998 a CUFA age como um pólo de produção cultural e através de parcerias, apoios e patrocínios, forma e informa os cidadãos, oferecendo novas perspectivas de inclusão social. Promove atividades nos campos da educação, esportes, cultura e cidadania – contribuindo para o desenvolvimento humano – e trabalha com 9 elementos do Hip Hop: DJ (artista que opera discos de vinil produzindo efeitos nos mesmos); grafite (movimento organizado nas artes plásticas em que o artista aproveita espaços públicos, criando uma nova identidade visual em territórios urbanos); break (estilo de dança originário do movimento Hip Hop que trabalha a auto-estima); rap (ritmo e poesia, estilo musical culturalmente herdado das populações latinas e negras e que é a essência do Hip Hop); audiovisual (valorização da imagem como instrumento de transformação social); basquete de rua (esporte oficialmente embalado pelo rap); literatura (arte de compor ou escrever trabalhos artísticos em prosa ou verso, que compreende conhecimentos relativos às obras ou aos escritores literários); projetos sociais (conjunto de ações que visa a luta pelo bem-estar e por uma sociedade mais justa) e política (conjunto de práticas sociais que luta pelos direitos civis).
Além disso, promove, produz e veicula a cultura Hip Hop através de publicações, discos, vídeos, programas de rádio, shows, concursos, festivais de música, cinema, oficinas de arte, exposições, debates, mesas-redondas e outros meios.
A CUFA tornou-se assim um referencial para as comunidades e possui hoje bases de trabalho em várias partes do Brasil – hoje a segunda maior nação negra do mundo, só perdendo em população para a Nigéria. Em Salvador, a CUFA vem buscando espaço, a fim de colocar em prática seus projetos e ideais para as comunidades bahiana